segunda-feira, 29 de setembro de 2008

De água II



Ela:
É porque te amo
Que me liquifaço e desfaço assim:
Límpida.
Desaguando num poema que é teu
Porque sem ti seca e morre.

Ele:
Em verbo, aqui
Te apoderas de mim
-Tu, em letra-
E me lavas, Sonora-Vida,
corpo e alma.

(27/09/2008)



De água I







Tão fácil quanto amá-lo assim, distante
É enviar-te versos de um amor
Que é naturalmente a vida
A fluir num rio que corre em mim
E desaba num rosto que , triste,
Se faz concêntrico como uma rocha
E vertiginoso como o vento
...
Não é fácil.


(27/09/2008)