segunda-feira, 22 de junho de 2009

Isso não tem graça e nem é um poema.

"Conhecereis a verdade! ..."

Por que os que acreditam são chamados, na melhor das hipóteses, de “revolucionários”?
E por que esses mesmos são chamados por outros de “prepotentes” ou “ingênuos”?

Sinto muitíssimo, mas o amor já é quase lenda e é uma pena anunciarem na TV que existe um homem honesto:

“GARI ENCONTRA CARTEIRA COM 10 MIL E DEVOLDE AO DONO”

Não é preciso ter fé para acreditar que a palavra integra. Não é preciso ter fé para ver que a linguagem segrega.
Ser alguém na vida significa ter ou ter vivido pra ver? Quem tem o que nós temos? E o que queremos? E o que vemos?!
O “Alguém na vida” é o pequenino; ele tem fome e quase não fala. Diariamente pulamos sua cabeça como quem pula obstáculos numa corrida sem vencedores. É “alguém”, pois não sabe o que é (mas todo mundo acha que sabe...).
Se meleca de rainha é igual a minha, como diria o psicanalista, o que será a melanina? A remela da menina ou o mapa da mina?
Mulher da vida é alguém na vida ou isso é só um problema parasintagmático?
Para conquistar um homem negro, você precisa ter charme, meu bem! E pra conquistar um homem branco, precisa só disso também.
Mas o que é que será isso a que chamam de charme, Meu Deus?!
Deve ser um perfume importado: caro, antipático e provavelmente não falamos a língua dele...

Eis a verdade: O mundo é injusto.
Até com os garis...

E eu?
Ainda prefiro ser um Zé ninguém.


(22/06/2009)

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